A rivalidade no meio corporativo: como agir diante dos jogos de poder




No universo corporativo, nem sempre o talento e o esforço são os únicos elementos em jogo. Em muitas empresas, por trás de sorrisos polidos e discursos de colaboração, existe uma tensão silenciosa: a rivalidade. Se você ainda não passou por isso, provavelmente conhecerá alguém que já vivenciou — ou ainda viverá algo parecido ao longo da sua carreira.

Imagine a seguinte história fictícia:
Carla, uma analista de marketing dedicada, sempre foi reconhecida pelo seu comprometimento e criatividade. Depois de meses trabalhando em um projeto estratégico, ela finalmente o conclui com sucesso, entregando resultados expressivos. Contudo, durante uma apresentação para a diretoria, seu gerente direto apresenta as ideias como se fossem dele, omitindo completamente a participação de Carla.

Como se não bastasse, João, um colega de equipe que vê Carla como ameaça, começa a espalhar rumores de que ela estaria buscando outra vaga fora da empresa — o que, claro, não era verdade. O objetivo? Minar a confiança da liderança em relação à analista, e, quem sabe, abrir caminho para ele mesmo crescer.

Essa é apenas uma entre tantas situações que ocorrem nos bastidores das organizações. E, infelizmente, muitas vezes, esse tipo de rivalidade tóxica vem disfarçada de “ambição” ou “jogo político”.

Como agir diante da rivalidade corporativa?

Em cenários como esse, é natural sentir-se frustrado, desmotivado ou até mesmo injustiçado. No entanto, existem formas saudáveis e estratégicas de lidar com essas situações:

Registre e comunique suas contribuições:
Mantenha registros de suas entregas, ideias e participações em projetos. Sempre que possível, envie resumos por e-mail e compartilhe os resultados com outras áreas envolvidas. Isso ajuda a tornar sua atuação visível e documentada.

Construa uma rede de aliados:
Relacionamentos interpessoais positivos são fundamentais. Estabeleça conexões sinceras com colegas de diferentes áreas, seja colaborativo e compartilhe conhecimento. Essa rede de apoio pode ser um grande escudo contra atitudes mal-intencionadas.

Evite revidar no mesmo tom:
Entrar no jogo do outro, revidando com fofocas ou atitudes semelhantes, apenas desgasta sua imagem. Mantenha sua postura ética, mesmo quando for difícil. Integridade é um diferencial poderoso.

Desenvolva inteligência emocional:
Lidar com sentimentos como raiva, frustração ou decepção exige maturidade. Ao desenvolver sua inteligência emocional, você se torna mais preparado para responder com equilíbrio, sem agir por impulso.

Busque orientação de lideranças confiáveis ou RH
Se a situação persistir ou escalar, procure o apoio de líderes em quem você confia ou do setor de Recursos Humanos. Assédio moral, apropriação de ideias e difamação não devem ser normalizados.

A rivalidade corporativa existe, e, em alguns contextos, é até incentivada por culturas organizacionais ultrapassadas. No entanto, isso não significa que você precisa se moldar a esse ambiente.

Você tem o poder de escolher como reagir, o que alimentar e onde investir sua energia. Profissionais que atuam com ética, consistência e inteligência emocional constroem reputações sólidas — e, mesmo que demore um pouco mais, o reconhecimento chega de forma legítima.

Lembre-se: o mundo corporativo pode ser competitivo, mas não precisa ser um campo de guerra. Há espaço para crescer com respeito, colaboração e integridade.


Paloma Lopẽs- Consultora de Carreira /Lopes HR Consulting

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