Quando o Corpo Grita e Você Não Entende: Os Sintomas Silenciosos do Burnout em Transição de Carreira
Se você está em transição de carreira — seja por escolha ou necessidade — é possível que esteja vivendo um burnout silencioso. E o mais assustador? Talvez você nem saiba disso.
O que é o burnout silencioso?
Ao contrário da imagem tradicional de alguém exausto, chorando no trabalho ou em colapso emocional, o burnout silencioso é traiçoeiro. Ele se infiltra no corpo através de sintomas físicos aparentemente “normais”:
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Cansaço constante, mesmo com descanso
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Dores de cabeça recorrentes
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Insônia leve mas persistente
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Tensão muscular (especialmente pescoço e costas)
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Irritabilidade ou apatia disfarçadas de "só estou mais introspectivo"
Esses sinais costumam ser ignorados porque não parecem “graves o suficiente”. Mas são a forma do corpo gritar o que a mente não consegue mais sustentar.
A transição de carreira como gatilho invisível
A mudança de carreira ativa múltiplas pressões simultâneas:
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Pressão para dar certo rápido
(“Não posso errar de novo”, “Tenho contas pra pagar”) -
Comparação social constante
(“Fulano conseguiu em 2 meses, e eu?”) -
Crise de identidade
(“Se eu não sou mais aquilo que fazia, quem eu sou agora?”)
Tudo isso gera uma carga emocional intensa — muitas vezes negada ou silenciada — que se aloja no corpo.
O corpo fala quando a alma não tem espaço
Quando você passa por uma fase de redefinição, seu corpo tenta manter o ritmo, mesmo sem clareza de direção. Isso gera sobrecarga.
Cuidar do corpo é cuidar da carreira.
Mas a maioria de nós aprendeu a separar essas áreas, como se físico e profissional fossem esferas distintas.
Como identificar que o burnout já começou?
Você pode estar vivendo burnout silencioso se:
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Seu corpo está constantemente em alerta (mesmo em tarefas simples)
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Você sente culpa por descansar
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Já não sente prazer em nada do que está fazendo
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Seu rendimento caiu e você se culpa ainda mais por isso
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Você sente que precisa "funcionar", mesmo quando está esgotado
Como começar a se cuidar durante a transição
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Reconheça que é real:
Burnout não é fraqueza. É um sinal de que você tentou ser forte demais, por muito tempo. -
Traga o corpo pro centro do processo:
Exercícios leves, pausas conscientes, alimentação mais intuitiva, respiração profunda. -
Reescreva seu cronograma de recolocação com gentileza:
Você não precisa estar disponível para o mercado 24/7. Menos é mais — e qualidade emocional conta. -
Peça apoio (de verdade):
Mentores, terapeutas, consultores de carreira, amigos que não julgam — tudo isso conta.
Recolocar-se com alma é cuidar de tudo o que você é
Você não é só um currículo. Não é só um cargo. É um ser humano que carrega história, dores, sonhos, limites e potência.
Reconhecer os sinais silenciosos do burnout é o primeiro passo para fazer da sua transição de carreira um processo de cura, não de destruição.
💬 E você?
Está sentindo no corpo algo que sua mente não consegue explicar?
Paloma Lopes- Consultora de Carreira/ Recolocação Profissional.
Contato: (11) 9 4292-9653
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