Quando o Corpo Grita e Você Não Entende: Os Sintomas Silenciosos do Burnout em Transição de Carreira

🧠 Você já acordou cansado mesmo depois de uma noite inteira de sono? Já sentiu uma dor de cabeça persistente que não tem causa aparente? Ou aquela tensão nos ombros que insiste em ficar, mesmo quando o dia não parece ter sido tão puxado assim?

Se você está em transição de carreira — seja por escolha ou necessidade — é possível que esteja vivendo um burnout silencioso. E o mais assustador? Talvez você nem saiba disso.

 O que é o burnout silencioso?

Ao contrário da imagem tradicional de alguém exausto, chorando no trabalho ou em colapso emocional, o burnout silencioso é traiçoeiro. Ele se infiltra no corpo através de sintomas físicos aparentemente “normais”:

  • Cansaço constante, mesmo com descanso

  • Dores de cabeça recorrentes

  • Insônia leve mas persistente

  • Tensão muscular (especialmente pescoço e costas)

  • Irritabilidade ou apatia disfarçadas de "só estou mais introspectivo"

Esses sinais costumam ser ignorados porque não parecem “graves o suficiente”. Mas são a forma do corpo gritar o que a mente não consegue mais sustentar.

 A transição de carreira como gatilho invisível

A mudança de carreira ativa múltiplas pressões simultâneas:

  • Pressão para dar certo rápido
    (“Não posso errar de novo”, “Tenho contas pra pagar”)

  • Comparação social constante
    (“Fulano conseguiu em 2 meses, e eu?”)

  • Crise de identidade
    (“Se eu não sou mais aquilo que fazia, quem eu sou agora?”)

Tudo isso gera uma carga emocional intensa — muitas vezes negada ou silenciada — que se aloja no corpo.

 O corpo fala quando a alma não tem espaço

Quando você passa por uma fase de redefinição, seu corpo tenta manter o ritmo, mesmo sem clareza de direção. Isso gera sobrecarga.

Cuidar do corpo é cuidar da carreira.
Mas a maioria de nós aprendeu a separar essas áreas, como se físico e profissional fossem esferas distintas.

Como identificar que o burnout já começou?

Você pode estar vivendo burnout silencioso se:

  • Seu corpo está constantemente em alerta (mesmo em tarefas simples)

  • Você sente culpa por descansar

  • Já não sente prazer em nada do que está fazendo

  • Seu rendimento caiu e você se culpa ainda mais por isso

  • Você sente que precisa "funcionar", mesmo quando está esgotado

 Como começar a se cuidar durante a transição

  1. Reconheça que é real:
    Burnout não é fraqueza. É um sinal de que você tentou ser forte demais, por muito tempo.

  2. Traga o corpo pro centro do processo:
    Exercícios leves, pausas conscientes, alimentação mais intuitiva, respiração profunda.

  3. Reescreva seu cronograma de recolocação com gentileza:
    Você não precisa estar disponível para o mercado 24/7. Menos é mais — e qualidade emocional conta.

  4. Peça apoio (de verdade):
    Mentores, terapeutas, consultores de carreira, amigos que não julgam — tudo isso conta.

Recolocar-se com alma é cuidar de tudo o que você é

Você não é só um currículo. Não é só um cargo. É um ser humano que carrega história, dores, sonhos, limites e potência.

Reconhecer os sinais silenciosos do burnout é o primeiro passo para fazer da sua transição de carreira um processo de cura, não de destruição.

💬 E você?

Está sentindo no corpo algo que sua mente não consegue explicar? 

Paloma Lopes- Consultora de Carreira/ Recolocação Profissional.

Contato: (11) 9 4292-9653

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