Sua imagem vai com você , mesmo quando você tira o crachá
Andy Byron, CEO de uma empresa de tecnologia, apareceu no telão de um show do Coldplay, em Londres.
Não era um momento técnico, nem uma palestra. Era lazer. Mas o que ele fazia no vídeo não passou despercebido: dançava, abraçado, com uma mulher que não era sua esposa. E era, coincidentemente (ou não), a diretora de RH da empresa que ele trabalhava.
No dia seguinte, o que veio à tona não foi só o adultério. Foi a quebra de confiança. Foi o impacto na reputação da companhia. Foi a explosão interna de algo que talvez já estivesse mal resolvido há tempos.
Foi a imagem profissional colidindo com a vida pessoal.
A empresa anunciou sua saída do cargo imediatamente.
A esposa anunciou o fim do casamento no mesmo timing.
Andy perdeu o crachá. E perdeu também o colo que muitas vezes segura a barra quando o desemprego bate: a família.
Este texto não é sobre julgar Andy.
É sobre você.
Sobre como a sua imagem profissional não termina quando você desliga o computador ou sai da empresa.
Vivemos em uma era em que o “vida pessoal” virou domínio público. E, goste ou não, muitas empresas não contratam ou mantêm talentos apenas pelo desempenho, mas também pelo que chamam de “fit reputacional”.
É justo?
É humano?
É ético?
São outras conversas.
A conversa de hoje é:
O que você faz fora do expediente pode sim custar seu cargo.
O que você compartilha, expõe, comenta, vive, pode sim manchar o nome da sua empresa e a sua permanência nela.
E se o que vem à tona mostra rachaduras éticas ou conflitos com o discurso da liderança, não espere acolhimento: vem desligamento.
A vida é feita de decisões. E todas elas, inclusive as mais íntimas têm um custo. Às vezes, esse custo é emocional. Outras vezes, profissional. E em alguns casos, como o de Andy Byron, os dois.
Então, a reflexão é simples, mas incômoda:
Você está cuidando da sua imagem quando não está usando o crachá?
Você entende que reputação é capital profissional?
Ou ainda acha que o que você faz no seu tempo livre não é problema de ninguém?
Você pode ser excelente no que faz. Mas se ignorar o contexto, se agir como se sua vida fosse compartimentada em “pessoal” e “profissional”, cedo ou tarde alguém vai te mostrar que isso é ilusão.
E quando isso acontecer…
a rota pode mudar. E o alfinete que antes te posicionava como líder pode se transformar em ponto final.
Gostou do artigo? Compartilhe com sua rede.
Paloma Lopẽs- Consultora de Carreira/ Recolocação Profissional. Lopes HR Consulting
Instagram: @paloma.lopeshrconsulting
Comentários
Postar um comentário