Experiências ruins em processos seletivos marcam mais do que as boas


A deslegitimação da tristeza e da subjetividade no processo de ...

Experiências ruins em processos seletivos marcam mais do que as boas!

Esta afirmação é um tanto interessante, cheguei a está conclusão numa reflexão que fiz olhando para o meu passado ainda como candidata e lendo o desabafo de clientes e colegas de LinkedIn.

Ao olhar alguns comentários de conexões do meu LinkedIn falando um pouco sobre algumas experiências ruins em processos seletivos, tentei buscar em minha memória boas lembranças de entrevista nos quais participei como candidata, algo que tivesse me marcado positivamente. E por incrível que pareça, não me recordava de nada que me marcasse.

Porém, ao tentar lembrar de processos seletivos que foram negativos vieram várias lembranças. E percebi como experiências ruins costumam ganhar mais espaço.

Resolvi relatar alguma delas aqui:

Logo no início da minha carreira participei de um processo seletivo para trabalhar numa multinacional para uma vaga na época na área de Treinamento e desenvolvimento. Ainda no telefone conversando com a selecionadora mencionei que não tinha experiência na função, mas ela insistiu dizendo que como a vaga era para assistente eles buscavam pessoas que tinham experiência em RH, mas não necessariamente precisaria de prática na área de T&D.

Entrevista marcada, me programei para ir até a empresa que ficava num bairro nobre de São Paulo. No dia do processo seletivo, caminhei por volta de 15 minutos da estação de trem até a empresa. Chegando ao local a recepcionista gentilmente me anunciou para a selecionadora, aguardei por quê cheguei uns 20 minutos antes do horário. Pois bem, minha entrevista deu início exatamente 3 horas depois do agendado e o que mais me decepcionou foi o nível da entrevista que não demorou nem 10 minutos.
Fiquei perplexa devido ao pouco caso e a estrutura da entrevista mal-elaborada, coisas básicas que ao telefone poderia ter sanado aquelas "dúvidas". Ao término da " entrevista" uma chuva torrencial com direito a falha no trem.

Este relato é muito triste, visto que só candidato desempregado sabe o quão nossos recursos  são escassos, pois para ir até a entrevista há muitos gastos (condução/ alimento) e o mais precioso o tempo. Não dá para fazer candidato se deslocar para uma região distante para fazer um processo seletivo sem planejamento algum da parte da empresa, pois se o candidato atrasar 3 horas provavelmente ele nem será atendido mais.

Outra experiência que tive foi no processo seletivo para trabalhar num grande banco, processo seletivo haviam cerca de 10 pessoas que aparentemente foram triados de forma aleatória, pois haviam pessoas com muita experiência e outros com pouquíssima. O processo seletivo começou de forma estranha porque estavam toda equipe de seleção (umas 5 pessoas) e isso não é algo comum, a situação ficou mais esquisita ainda quando a selecionadora diz: "Vocês devem estar achando estranho toda equipe de seleção estarem presentes na sala, mas estou fazendo isso para evitar reclamações depois da contratação por que não gostaram do novo colaborador".

Isso soou muito absurdo! A entrevista foi: " Fale brevemente sua experiência" e somente isso. Aquele ar apreensivo de quem quer concluir rápido a entrevista, não perguntaram nada para 9 candidatos, exceto para a 1 pessoa. Estranhamente aquela moça teve tratamento totalmente diferente dos demais, fizeram inúmeras perguntas e depois de algumas observações sobre a empresa, entrevista encerrada e todos exceto a moça foram dispensados. No elevador todos comentaram que acharam estranho o comportamento da selecionadora, inclusive a suspeita dela (candidata) ser uma indicação e nós estarmos ali para cumprir um papel.

Claro que não podemos afirmar que a candidata era indicação, mas o contexto do processo  foi tão suspeito que nós tivemos esta impressão.

Estas histórias servem para exemplificar que o selecionador tem por obrigação manter um comportamento adequado e conduzir as entrevistas de forma profissional. É preciso que ele saiba valorizar os candidatos que separaram o tempo para comparecer a entrevista de emprego, qual a imagem que esta pessoa terá da empresa ao participar de algo desorganizado ou mal elaborado?

Qualquer funcionário no seu horário de trabalho está representando a empresa e o recursos humanos é o primeiro lugar que a pessoa terá contato com a cultura local. Se é cometido está série de falhas, por mais que o candidato queira trabalhar no local provavelmente ele perderá o interesse pelo pouco caso que sentiu durante a seleção.

Já li relato no linkedIn de candidato que dirigiu quilômetros para chegar a entrevista, esperou por horas e selecionador simplesmente disse que ele estava reprovado por quê não tinha inglês ou por quê não tinha a formação solicitada, sendo que isso são informações estão no currículo e poderiam perguntar ao telefone e somente classificar para o processo aqueles que preenchessem este pré requisito.

Então com estes relatos podemos observar que há muitas falhas nas entrevistas infelizmente e histórias como estas  encontramos diariamente no linkedIn e conversando com amigos também.

Busquemos selecionadores marcar a vida dos candidatos por experiências positivas e não de forma negativa.


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