POLÊMICA! O DESCASO NOS PROCESSOS SELETIVOS

 

Não é de hoje que vemos candidatos relatarem situações em processos seletivos que causam um desânimo nesta jornada da busca por uma nova oportunidade de trabalho. No LinkedIn por exemplo, que é uma rede no qual sou bastante ativa, diariamente leio postagens de pessoas compartilhando suas experiências ruins que vão desde a falta de preparo do RH em relação a triagem feita de qualquer jeito e até mesmo pouco caso e falta de bom senso nas entrevistas. 

Recentemente um grande influenciador da rede, mencionou ter dirigido há alguns anos atrás 600 km para participar de uma vaga e ao chegar ao local em apenas 5 minutos na sala a selecionadora o reprovou, simplesmente pela falta de atenção dela de não analisar uma informação que havia no seu currículo.

Outro relato foi de um homem soube estar sendo eliminado pela sua idade, já que a empresa contratava até uma determinada idade e a selecionadora não havia observado está informação no currículo. Sabe que nenhum destes relatos me surpreende, pois eu já passei por situações absurdas como estas também. E nós ficamos com uma sensação muito ruim, pois pela falta de atenção ou até mesmo caso, somos descartáveis por algumas empresas. 

Em meados de 2010 fui convidada por uma agência de empregos para participar de um processo seletivo para trabalhar na região de Santo Amaro numa nova filial de uma empresa. A agência ficava com Santo André e a sede em São Bernardo do Campo. 

Naquela época, a tecnologia de longe se assemelha ao que temos hoje, com acesso a Uber, google maps e outros recursos de praticidade. Sai do extremo Sul de São Paulo para participar desta entrevista. Ao chegar na agencia fiz os testes e fui aprovada nesta etapa, recebi uma carta de encaminhamento para participar da entrevista na empresa e no mesmo dia fui para São Bernardo do Campo. Tive que ligar para o meu pai para saber como fazia, pois era bem jovenzinha e não estava acostumada a ir tão longe e para ajudar ainda chovia muito. 

Ao chegar na empresa fui anunciada pela recepcionista e logo a funcionária do RH me chamou a sala para conversarmos, ela gostou muito de mim e disse que por ela a vaga seria minha. Então me falou que iria chamar o gestor do RH para conversar comigo e se já aprovada pediria meus documentos. 

Naquele momento fiquei muito feliz, sabe? Iria trabalhar próximo de casa, escritório novo e sabia que uma vez por semana teria que fazer esta viagem até a sede, mas eu não via problema algum nisso. Afinal, eu queria era uma oportunidade para mostrar meu trabalho. 

Então, ela pediu para que aguardasse novamente na recepção, pois iria verificar com o gestor a possibilidade da conversa. Passado alguns minutos ele chegou na recepção, me olhou dos pés a cabeça e a chamou para entrar na sala ( detalhe, somente ela não me convidou). Passado alguns minutos, muito desconcertada ela me chama na sala (neste momento ela estava só) então ela me pediu desculpas, e disse que não iria prosseguir comigo, pois o gerente não me aprovou. 

Acho que nunca me senti tão injustiçada como nesta entrevista, pois o gerente se quer conversou comigo. Somente me olhou e reprovou.... 

Este meu relato é somente mais um dos milhares que vemos pela rede. Há pessoas que até denunciam certas atitudes e comportamentos de alguns ditos profissionais. Sabemos que numa entrevista, podemos ser aprovados ou não. Mas, que uma atitude como está pode ser alvo de algumas especulações sabemos que sim. 

Depois deste ocorrido eu evitei fazer entrevistas em locais muito distantes, mesmo que a vaga fosse para lugar próximo. Aquele dia eu fiz um investimento com passagens caras por que bilhete único não aceitava nestas regiões, almoço, meu tempo, expectativa e tudo para ser medida dos pés a cabeça e receber um não, visto que havia sido aprovada em todas as outras etapas. 


É muito importante que as empresas realmente se atentem como estão sendo conduzidos os processos seletivos, há pessoas pouco preparadas, sem inteligência emocional e sem empatia que comprometem a imagem que as vezes demoram anos para ser construída. 

O candidato já possui as suas dificuldades particulares e o mínimo que esperamos é o respeito durante um processo seletivo. Que os profissionais de RH tenham mais atenção ao que eles se formaram para fazer, é muito desagradável a pessoa se empenhar para algo e ser injustiçado destas formas pelas mesmas questões de sempre:

- Falta de atenção na triagem do currículo e informações;

- Falta de pré-entrevista para evitar ocupar o tempo das pessoas;

- Falta de perguntas assertivas no momento do contato, para confirmação de pré- requisitos;

- Falta de humanidade nas entrevistas, se colocar no lugar do candidato, pensar no investimento que ele fará para comparecer na empresa;

- Falta de inteligência emocional de quem entrevista, seja o gerente da área ou o próprio RH.

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